Na maioria dos casos, principalmente ao ser diagnosticado precocemente, o câncer de intestino é tratável e apresenta boas chances de cura. Também conhecido como câncer colorretal, refere-se a tumores malignos do intestino grosso (cólon), reto – parte final do intestino – e ânus.
Responsável por cerca de 95% das ocorrências relacionadas à doença, o adenocarcinoma, mesmo tipo de câncer anunciado pela cantora Preta Gil, é o mais frequente nesta região do corpo. Entre os fatores de risco, destacam-se: idade avançada, hereditariedade e sedentarismo.
O médico Vinícius Miranda Borges, cirurgião oncológico e coordenador do serviço de cirurgia oncológica do Hospital Estadual de Franco da Rocha, gerenciado pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, explica que a doença pode ser evitada. “Hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas regulares e uma dieta equilibrada, ajudam na prevenção”.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 30% de todos os casos de câncer podem ser prevenidos com mudanças no estilo de vida. “O consumo excessivo de álcool e carnes vermelhas processadas, assim como o cigarro, devem ser evitados”, complementa.
Em estágio inicial, a doença pode ser silenciosa. “O câncer de intestino deve ser diagnosticado, via de regra, em exames de rotina, antes de gerar qualquer sintoma ao paciente. Mas quando apresenta sintomas, os mais comuns são alteração do hábito intestinal, sangue nas fezes e desconforto abdominal, como gases ou cólicas”, destaca Dr. Pedro Henrique Zavarize de Moraes, coordenador da oncologia clínica do Hospital Estadual de Franco da Rocha.
O especialista também reforça que é importante ficar atento a outros sinais. “A presença de qualquer tipo de câncer pode levar a sintomas inespecíficos, mas que devem ser investigados como, por exemplo, anemia, fadiga e perda de peso”, conclui.
O diagnóstico do câncer de intestino é confirmado pela biópsia feita na colonoscopia. O exame é recomendado a partir dos 50 anos e, em casos de histórico familiar, 10 anos antes da idade em que o familiar apresentou a doença.