Escola de Goiânia recebe familiares e alunos e a comunidade para inspirar e desenvolver a sensibilidade e a criatividade. Projeto anual traz exposição de projetos artísticos e oficinas no fim de semana.
Com a chegada da Primavera, a Escola Interamérica – Unidade Bueno – realiza, neste fim de semana (sexta-feira, 15, e sábado, 16), a Mostra Integrada de Artes, um projeto anual que traz uma exposição dos projetos artísticos de todos os estudantes da educação infantil ao 5º ano, entre 2 e 11 anos. O evento também acolhe a reunião individual de pais, em que é apresentada a comunicação entre a escola e família. Os alunos também passarão pela troca de corda de capoeira e poderão participar de oficinas de yoga, de artes e de serigrafia, esta com um artista convidado. Na sexta-feira, a mostra acontece das 8h às 18h. E, no sábado das 8h às 12h, com variadas oficinas e outras linguagens artísticas, abertas à comunidade.
Este ano a mostra se dedica a um mergulho na arte, natureza e ciência. Nesta trama de relações, a arte dialoga com a ciência, com a natureza e com nós mesmos. A ideia parte dessa relação da criança com o maravilhamento que se tem com o mundo e com a vida. Dentro de um ateliê, ao longo dos jardins da escola e durante as observações do cotidiano, surge a ideia de fazer esse percurso com a pesquisa artística, científica e natural. A pesquisa nasce pelo incômodo de querer saber mais e saber sobre, e as professoras, juntamente com as crianças, vão em busca das descobertas.
A escola acredita na (trans)formação das crianças e estudantes pela arte e faz questão de oferecer experiências artísticas variadas no cotidiano escolar, apostando no enriquecimento de múltiplas inteligências. Pelas artes plásticas e visuais produzidas, pelos movimentos propostos via arte musical inserida no contexto e experimentos teatrais semanais, vai-se ampliando o protagonismo infantil, as possibilidades de atuação no mundo de forma ativa e significativa.
“A arte inspira, desenvolve o ser sensível e criativo”, explica Vera Lobo, coordenadora pedagógica da escola. Segundo ela, a sociedade atual vive acelerada e o trabalho com a arte, o contato com a natureza e com a exploração científica que essa tríade possibilita, o espectro do olhar é ampliado. “Este é um encontro que favorece as diferentes percepções e possibilidades de expressão e, consequentemente, o tempo desacelera”, analisa Vera.
A mostra é um momento de encontro entre pessoas e entre diferentes linguagens. Além das famílias poderem perceber a linguagem das crianças, serão oferecidas vivências para que as famílias se nutram com arte em oficinas pensadas para pais e filhos, desfrutando de momentos carregados de significados. O evento permitirá a investigação, a experimentação e a exploração para uma educação estética que vise o desenvolvimento do Ser Criança.
A proposta é desenvolver a segurança no criar, em se expor, já que não existe pergunta ruim, toda pergunta é boa. Se tem curiosidade todos vão atrás. Não existem caminhos certos, existem trocas e empatia. “Quando esse corpo está presente no processo, surge a empatia, um ser mais curioso, eles aprendem que perguntar é bom, e tudo é válido, aumentando o interesse para o propósito central, mas também para tudo que está ao redor”, explica Vera Lobo. O estudante está o tempo todo com um olhar curioso, e isso não está dentro do livro, está nas experiências vivenciadas, tanto do que foi proposto, quanto do que surge ali, naquele momento e é único. De acordo com Vera, neste processo o estudante é protagonista e a criança precisa ser ouvida, precisa ter voz ativa, pois ela é o ponto central de tudo e com isso sentimos o caminho junto com as crianças. Todos caminham juntos, lado a lado, sem professor como referência, mas sim um grupo em busca do novo.
Participação dos pais
Durante todo o processo de construção do trabalho, as crianças vão levando para casa, por meio de pesquisas, o que já sabem e que mais desejam saber sobre o movimento, artista ou foco de investigação artística da turma. A partir dessa troca inicial, os pais vão acompanhando o envolvimento da criança até serem convidados para a exposição, para prestigiar e se maravilhar com a arte. Há, nesse momento, um resgate do que a família já vivenciou enquanto criança, despertando, assim, um olhar mais afetuoso com as produções da criança, aqui valorizada como uma artista nata.
Serão mostradas
Maternal I e 1º Ano – Obras do corpo, corpo em movimento e sorrisos.
Maternal II e 2º Ano – O olhar é um olhar mais natureza, mais botânico com desenhos de observação. Ilustração botânica do jardim da escola e das flores do meu Brasil.
Jardim I e 4º Ano – Foco é a terra, o caminho das formigas. Relação dos animais com a terra. Enraizar.
3º Ano – Fauna surreal, trabalho de fotografia, recorte e colagem.
Jardim II – transformação do céu e da água. Observatório do céu e da água.
5º Ano – Arte lambe-lambe, com investigação botânica e cromática das cores e do verde.
Serão oferecidas, ainda, experiências artísticas para promover oportunidades de troca de experiências entre crianças, famílias e a comunidade escolar, como:
– Oficina de Yoga para pais e filhos
– Troca de corda de Capoeira.
– Oficina artística com o artista visual e serigrafista Carlos Monaretta. Ele vai falar um pouco da técnica de serigrafia e propor que cada participante leve para casa uma arte da mostra.
– Oficina artística com Manu Beserra com o caminho das águas com tinta guache.
– Oficina artística com a Thay Rodex sobre fauna surreal
– Festival Lanterna Mágica, que ocorre de hora em hora com a exposição de curta metragens selecionados pela equipe.
As oficinas promovem diferentes experiências artísticas, que são expressadas por diferentes linguagens: corporal, teatral, visual, cinematográfica.