Em “À Deriva”, autor referência em terror no Brasil explora os desejos e ambições individuais dos personagens enquanto lutam para sobreviver em um apocalipse vampiresco
Depois de um mal terrível ter sido lançado sobre a humanidade, metade das pessoas entraram em um sono tão profundo que mais pareciam estar mortas. Dos que acordaram, parte havia se tornado vampiro, enquanto o restante precisava lutar pela própria sobrevivência. Esta é a premissa de A noite maldita, livro de André Vianco, que acaba de ganhar continuação pela Citadel Grupo Editorial.
No lançamento À Deriva, o autor apresenta a história de São Vitor, a primeira fortaleza a erguer muros no interior de São Paulo para impedir o avanço dos noturnos e salvar os adormecidos na esperança de que em breve acordem. Enquanto os médicos do local trabalham para encontrar a cura para ambos, um grupo de resistentes desafia o conselho de emergência do forte e parte para a capital com o objetivo de resgatar aqueles cujo sono os torna presas fáceis para os vampiros.
Ao mesmo tempo em que acompanha o desenrolar da guerra entre humanos e sugadores de sangue, o leitor descobre que as boas intenções dos personagens camuflam ambições capazes de colocar todos em risco. O ex-policial e líder da resistência Cássio Porto, por exemplo, nunca escondeu o desejo de reencontrar os sobrinhos durante as expedições na capital. Já Dr. Graziano nenhuma vez mencionou seus verdadeiros interesses na vacina de cura dos vampiros. Qual seria o real propósito deste trabalho?
Pânico e desespero dão o tom deste terror nacional aguardado pelos fãs de André Vianco, conhecido pelo cenário nacional das narrativas. Ambientada na Grande São Paulo, À Deriva mistura a temática vampiresca a dramas reais como a falta da família, tráfico de drogas e conflitos amorosos. Uma história de horror que poderia muito bem representar o mundo real daqueles que estão perdidos em um mar de caos.