Com sintomas muitas vezes imperceptíveis, tutores não percebem que seu pet pode estar doente.
Professor do curso de Medicina Veterinária da Newton Paiva dá dicas de como identificar as possíveis doenças no seu pet.
Você já notou que o seu pet começa a comer mais em dias frios? Assim como nós, humanos, dias assim provocam nos animaizinhos a redução de temperatura e mudanças fisiológicas. Durante esse período, o organismo deles agem para se adaptarem ao clima, fazendo com que eles comam mais e, assim, gerem mais calor para fazer a manutenção de sua temperatura corporal.
Além disso, atividades rotineiras podem diminuir, como correr e brincar, pois, nas baixas temperaturas, os animais de estimação tendem a sentir dores nas articulações e, em alguns casos, podem apresentar latidos, choros e uivos, ao realizar algum movimento. Isso pode ocorrer principalmente com aqueles que ainda estão com o sistema imunológico imaturo, os mais idosos, ou aqueles que tem mais propensão a desenvolver doenças respiratórias.
A gripe também é bem característica quando se trata do clima mais frio para os animais. No entanto, poucos tutores se atentam. Leonardo de Rago Nery Alves, veterinário e docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Newton Piava, explica que a doença é causada pelo vírus Influenza A, em caso de cães, e vírus HVF-1, herpesvírus e/ou pelo calicivírus felino, em caso de gatos.
O especialista afirma que apesar da semelhança, não afeta humanos. “O vírus é bastante contagioso e é transmitido pelos pets que já estão doentes. Ele ataca o organismo do animal, debilitando as defesas e causando sintomas como fraqueza, dores, tosse, coriza, febre, prostração, falta de apetite, entre outros”, diz.
Outra doença que é bastante comum nos dias mais frios é a cinomose, uma doença que afeta especificamente os cães. Ela é causada por um vírus transmitido pelo ar ou por meio de secreções de outro animal infectado. Como o vírus adora ambientes frios, costuma atacar no inverno, e os sintomas são bem parecidos com os da gripe, como tosse, diarreia, febre, falta de apetite e secreção amarelada nos olhos e no nariz. “Por ser uma doença de alta transmissão, é fundamental manter a caderneta de vacinação dos pets em dia”, reforça Leonardo de Rago Nery Alves.
Para prevenir essas e outras doenças, o veterinário e docente do curso de medicina veterinária da Newton Paiva, dá algumas dicas fundamentais para o bem-estar do seu pet. Confira:
1 — Manter a caderneta de vacinações em dia;
2 — Ração e água limpa a disposição;
3 — Cobertores e roupas para mantê-los bem aquecidos;
4 — Evite banhos frios. Se não puder evitar, prefira água morna e um horário com bastante sol;
5 — Atenção para qualquer mudança de comportamento e humor;
6 — Em caso de alguns dos sintomas, procurar imediatamente um médico veterinário de sua confiança.