Acelerador de Partículas Sirius recebe alunos goianos

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Escola goiana é a primeira instituição de ensino fundamental do país a visitar o superlaboratório Sirius. Alunos e Professores interagiram com pesquisadores e viram de perto experimentos científicos de última geração.

Foi uma oportunidade única. “Ver tecnologias de última geração no Brasil e a comunidade científica do mundo inteiro se juntando em prol da humanidade… foi algo muito incrível!”. A declaração, cheia de entusiasmo, é do estudante Adriano Calaça Lemos, de 14 anos, que saiu inspirado do superlaboratório Sirius, em Campinas, São Paulo. Adriano faz parte de uma turma de 33 alunos da Escola Interamérica que embarcou numa experiência inédita. A escola goiana foi a primeira instituição de ensino fundamental no Brasil a visitar o Acelerador de Partículas Sirius, que fica no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), um dos maiores centros de produção científica do Brasil.

O Sirius é o maior e mais complexo projeto da ciência brasileira e está entre as três únicas fontes de luz síncrotron de última geração em operação atualmente no mundo. Este acelerador de alta tecnologia permite investigações científicas de ponta nas áreas de física, química, biologia e ciência dos materiais. Estudos realizados no Sirius podem possibilitar, por exemplo, a criação de uma bateria para celular que, quando carregada apenas uma vez, pode durar cinco anos; ou, ainda, plantas que necessitem de menos água para crescer; e novos remédios para tratar doenças crônicas. Giovana Brasileiro Leal, de 14 anos, ficou admirada com tudo que viu. “Chamou minha atenção saber que pesquisadores de outros países podem vir para o nosso país fazer pesquisas porque aqui temos vários recursos a oferecer”, disse a estudante do 9º ano. A luz síncrotron é uma radiação eletromagnética que pode ser usada para a observação das estruturas internas dos materiais, como átomos e ligações químicas. Ela é produzida quando partículas dotadas de carga elétrica são desviadas de sua trajetória por um campo magnético externo. O uso da luz síncrotron possibilita a penetração de luz na matéria, resultando na revelação de suas características moleculares e orgânicas, facilitando o seu estudo em pesquisas científicas. A luz síncrotron é extremamente brilhante e que se estende por um amplo espectro, isto é, ela é composta por diversos tipos de luz, desde o infravermelho, passando pela luz visível e pela radiação ultravioleta e chegando aos raios X. (*Com informações do UOL).

A visita foi acompanhada por professores da escola e faz parte de uma série de aulas de campo planejadas com o objetivo de proporcionar experiências de aprendizado prático e imersivo fora do ambiente escolar tradicional. “É uma oportunidade valiosa de complementar o ensino em sala de aula com exemplos concretos e aplicações reais da ciência”, afirma Lúcia Oliveira, coordenadora pedagógica da Interamérica. A interação com pesquisadores, além da observação direta dos experimentos, é capaz de proporcionar uma nova perspectiva sobre como o conhecimento científico é produzido e utilizado para avançar a compreensão do mundo e, ainda, inspirar os alunos a continuarem explorando e aprendendo.

Experiências como esta ampliam os horizontes e despertam o potencial de cada estudante. Adriano voltou para a casa cheio de planos. “Espero poder voltar ao Sirius, até mesmo trabalhando, um dia. A experiência foi incrível”. Segundo a coordenadora pedagógica, a visita ao Acelerador de Partículas Sirius, junto com outras atividades realizadas em Campinas, demonstra a importância de iniciativas educacionais que vão além da sala de aula. “É preciso preparar os alunos para um futuro de descobertas e inovações. A teoria, ensinada em sala de aula, acaba se tornando muito mais atraente quando vem acompanhada de algo concreto, palpável”, conclui Lúcia. Ao retornarem à escola os estudantes aplicarão os conhecimentos nas pesquisas que desenvolvem e nos projetos elaborados por eles nas diversas disciplinas.

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