Agosto Verde traz alerta de prevenção à Leishmaniose visceral canina

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Também conhecida como calazar, esta é uma doença que não tem cura e pode afetar animais e humanos Para quem convive com cães é bem provável que já tenha se entristecido com casos de morte por leishmaniose visceral canina. A enfermidade, popularmente conhecida como Calazar, é um tipo de zoonose que pode acometer animais e seres humanos. A contaminação ocorre por meio da picada do mosquito-palha, inseto predominante em regiões quentes e úmidas, proveniente da família das moscas, porém pequeno como uma pulga. O professor do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, que realiza pesquisas sobre o assunto, Thiago Bastos, explica mais sobre a transmissão. “A doença ataca as células do sistema imunológico do animal, se propagando posteriormente até atingir órgãos como pele, fígado, rins, medula óssea e baço”, detalha. Após serem picados por uma fêmea infectada, os cães se tornam um reservatório do protozoário chamado Leishmania. O mesmo pode acontecer quando o inseto, vetor da leishmaniose, picar um ser humano.Como não há cura para a doença, portanto, as formas de prevenção envolvem distanciamento de áreas com maior incidência dos insetos transmissores (geralmente ambientes rurais ou onde há grande concentração de matéria orgânica), bem como o uso de roupas com mangas longa e repelentes, orienta o professor da Anhanguera. De modo geral, segundo o médico veterinário, é importante observar os pets caso eles apresentem o seguinte conjunto de sintomas:Enfraquecimento do pelo;Ferida no focinho, orelhas e região dos olhos;Apatia;Crescimento anormal das unhas;Perda de peso, emagrecimento progressivo e anorexia;Aumento do volume abdominal;Paralisia dos membros.Para saber se um cão tem leishmaniose geralmente é necessário mais de um exame. O método mais comum é pela sorologia sanguínea (onde se busca anticorpos formados após invasão do parasito). Outros métodos, também eficaz, é por PCR (pesquisa de DNA do parasita no sangue do cão) ou citologia, que rastreia o próprio parasita nas células sanguíneas. “Caso o animal esteja infectado, o médico veterinário poderá indicar alguns medicamentos que amenizam os sinais clínicos e o sofrimento do animal. Por ser uma doença transmissível, para garantir a nossa segurança também, é extremamente necessário cuidar dos problemas pontuais do cão infectado, como as feridas de pele e perda de peso que surgem com o avanço da enfermidade. O tratamento com medicação adequada pode levar até a uma cura espontânea da doença”, pontua. 

Foto reprodução

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