O artista plástico Holandês Bram Reijnders fez uma mostra pra convidados ultra chics de sua nova exposição: Post-Paradis, na antiga casa de Elis Regina no Joa , Rio de Janeiro.
O evento foi produzido por Kessya Fernandes e teve show icônico do Seu Jorge e DJ set do produtor musical e queridinho do momento: Ubunto.
A lista de convidados foi feita por Candé Salles. Tudo começou as 15 hrs e as 22 hrs encerrou.
Passaram por lá entre outros: Alanis Guillen , Paula Burlamaqui , Raquel Villar, Juliana Didone, AntônioPitanga, Pedro Neschiling, Felipe Roque, Thiago Rodrigues, Pablo Morais, Oskar Metsavaht, Bianca Brandolini , Gabriel Klabin, Paulo Ricardo, Leilane Neubarth, Carol Solberg, Caio Só, Lula Buarque, Jorge Espírito Santo, Narcisa Tamborindeguy e outros.
Seu Jorge cantou no meio das pessoas no terceiro andar da casa que tem uma vista deslumbrante da praia de São Conrado e fez duas apresentações durante a noite emocionando a plateia cantando sambas antigos e clássicos da Mpb como Retrato em branco e preto, de Tom Jobim.
O ponto alto do show foi quando ele cantou o seu próprio sucesso, a música Felicidade e os convidados cantaram junto toda a letra da música.
Bram Reijnders
O artista vive há 20 anos entre Rio e Amsterdam onde tem uma galeria de arte. Bram Reijnders tem um filho carioca chamado Tom e isso explica seu amor pelo Rio. Pós-Paraíso, de Bram Reijnders.
Otimista, alto astral, sempre em busca da beleza, Bram Reijnders procura tesouros do céu. A partir de fotos aéreas, o artista holandês cria imagens que desafiam o olhar do espectador. Nesse jogo trompe-l’oeil de manipulação (digital) das realidades, busca magia em superfícies que nem mesmo os habitantes das cidades que ele vasculha reconhecem. Definindo-se como “colecionador do ordinário”, rodando por 6 continentes atrás do novo, ele agora redescobre o Rio de Janeiro com a série Pós-Paraíso, mostrada nessa casa transformada em galeria que é, também, um pedaço do Éden.
Há 20 anos a terra brasilis serve de inspiração e lar para este inquieto nômade. Assim, engana-se quem possa pré-julgar que seu trabalho flerte com o folclórico, com o turístico ou traga aquele lugar-comum. Bem-treinada, a viajada retina de Bram Reijnders transforma um guarda-sol na areia de Copacabana num ponto ou numa flor. É abstrato, figurativo ou pintura?
O artista não pede respostas. Sugere ritmo, fruição e deleite sobre cenas de praias, parques de diversão, igrejas e o Carnaval.O trabalhoso processo importa. Arranjar o assunto é o primeiro e mais difícil passo. Ou vôo. Depois entram a edição e a composição, etapas que descartam 98% do material. O suporte são restos de outdoors recolhidos, por sua vez, em cidades do estrangeiro, como Berlim, que ganham camadas de lustrosa resina. Cada foto recebe entre 20 a 30 horas de preparação, seguidas da mão de obra, o que inclui intervir com fogo sobre as laterais dos trabalhos.
Com a finalização toda feita em seu espaço na Holanda, onde Bram Reijnders mantém bem-sucedida galeria comercial (a AbrahamArt), os trabalhos vêm, então, de volta.O resultado combina destruição e luxo; glamour e decadência, estabelecendo interessantes e inesperados níveis de contrastes, tais como os centros urbanos que o artista registra. O comentário não tem propriamente uma intenção política mas, na paisagem social, o artista nota que as pessoas não estão “tão felizes” quanto há 20 anos ou mesmo como ele gostaria de ver no país.
Contando com a memória do próprio material descascado dos outdoors, sucata da sociedade de consumo e da publicidade, Bram Reijnders cria uma supra-realidade, uma pós-verdade até, que à distância ilude e sublima. Porque de perto, como se sabe, ninguém é normal.
Fotos divulgação