Um país na Península dos Bálcãs, normalmente esquecido e não considerado turisticamente, começa a despontar. Estamos falando da Albânia, destino do tamanho do estado de Alagoas, com menos de 3 milhões de habitantes. Pode soar pequeno, mas não em atrações: praias belíssimas com mar azul turquesa, montanhas altíssimas, chamadas de alpes albaneses, sítios arqueológicos aos montes e muitas cidades históricas e castelos preservados, que são, inclusive, protegidos como Patrimônios históricos da UNESCO.
A moeda é o Lek e o custo de vida no país ainda é bem baixo. Aqui precisamos deixar claro que a Albânia está há anos luz da infraestrutura turística de países vizinhos como Croácia, Montenegro e Sérvia (não espere hotéis com o melhor serviço, não espere estradas duplicadas…). Provavelmente são vestígios dos mais de 40 anos completamente isolados do mundo. Foi um dos países mais fechados do planeta, nas mãos de um ditador comunista completamente insano.
O que conhecer em uma viagem para a Albânia:
PRAIAS NA RIVIERA ALBANESANo sul do país, já fazendo fronteira com a Grécia, temos as praias mais bonitas da Albânia. Você pode escolher entre areia ou pedrinhas, e o mar é sempre em um tom azul turquesa quase neon. Logo em frente está a ilha grega de Corfu, ligada à Albânia por poucos minutos de balsa. Os destinos com as praias mais bonitas que conhecemos: Ksamil, Sarandë, Dhermi e Himara. Uma boa dica é contratar um passeio de barco para explorar cavernas e praias que só são acessíveis por mar. As cidades costeiras também contam com vilarejos históricos, encaixados nas montanhas. É o caso de Dhermi e Juno.
CIDADES HISTÓRICAS – PATRIMÔNIOS DA UNESCO
Ir para a Albânia é como praticamente tropeçar em um “patrimônio histórico” a cada esquina, pois são muitos.Recomendo conhecer Berat, a cidade das mil janelas, que tem no topo um castelo habitado. O castelo de Berat é como um vilarejo, um bairro, com casas, hotéis e restaurantes. Outra cidade histórica bem charmosa, que também conta com um castelo no topo, é Gjirokaster. Perca-se pelas ruas desenhadas e pelas casas com telhados de pedra.
A HISTÓRIA DO COMUNISMO EM TIRANA
Tirana é uma capital pequena, mas em pleno desenvolvimento. No período comunista, o ditador com mania de perseguição, construiu mais de 170 MIL bunkers na Albânia. Dois deles foram transformados em museus: Bunk’Art 1, maior e mais completo, afastado do centro, e Bunk’Art 2, em plena praça principal de Tirana.
UMA NASCENTE COM PROFUNDIDADE DESCONHECIDA
Pertinho de Ksamil está Blue Eye (Syri i Kaltër dm albanês), nascente do Rio Bistricë. Mergulhadores chegaram até 50m de profundidade no “olho azul”, mas não se sabe ao certo quantos metros a mais ele tem. Um lugar fotogênico, com águas nos tons de azul turquesa e verde esmeralda. Um mergulho é recomendado para os fortes, pois a água é absurdamente gelada.
AGROTURISMO EM LEZHËAlgo que está na moda na Albânia e é interessante para conhecer a culinária e cultura local é passar um dia em um agroturismo (o que conhecemos no Brasil como “hotel-fazenda”). Para comer muita comida albanesa (tortas, queijos, carnes – a culinária é maravilhosa e mistura influências turcas, gregas e italianas) e experimentar um dia a dia típico no campo. Visitamos o Mrizi i Zanave.