Conhecida por usar humor e brasilidade em suas coleções, Alessa Migani tem cada vez mais se dedicado a criar roupas para nomes da música — de Soraya Ravenle Tia Surica, a estilista tem sido escalada com frequência por cantoras, para fazer roupas para seus shows. Nova-iorquina radicada no Brasil, a cantora Alma Thomas convocou Alessa para fazer o modelo com que tem se apresentado no show “Melodia com Alma”, dedicado ao repertório de Luiz Melodia, que estreou no Teatro Rival Petrobras, no Rio, no último fim de semana. Falando no “negro gato”, neste domingo (4/8) completam sete anos que ele nos deixou.
“Criei uma macacão com uma manga enorme, repleto de mini-paetês pretos, que dá um brilho lindo para quem está no palco. E a deixa bem confortável para se movimentar em cena”, conta Alessa, que prestigiou o show. E, pelo visto, o modelito agradou: três espectadoras procuraram a estilista ao fim da apresentação, para saber como adquirir o macacão. “Vim de divertir, prestigiar uma amiga e saí com algumas encomendas… que maravilha”, brincava Alessa.
Cheia de estilo, Alma Thomas começou sua carreira aos 7 anos, cantando profissionalmente numa igreja episcopal em New York, onde interpretava obras de Bach, Handel e Britten. Aos 18 anos, foi aceita na Universidade de Massachussets para o programa de ópera. Casada com o pianista brasileiro Pedro Milman, chegou ao Brasil em 2004. Por aqui, chegou à final do”The Voice”, reality musical da TV Globo.
E foi a grande vencedora da segunda temporada do “The Four Brasil”, outro reality musical, que lhe rendeu o prêmio de R$ 300 mil. A cantora venceu a batalha e recebeu 50,58% dos votos do público na decisão do programa, que é apresentado por Xuxa Meneghel.
Alma é fã e profunda estudiosa da música brasileira. “Eu, que sou norte-americana, nascida e criada em Nova York e que vim para o Brasil com meus 20 anos, me deparei com Djavan, Cássia Eller e Marisa Monte logo de cara. E foi através desses três artistas que fui me aprofundando na MPB. Nessa época não tinha Spotify, o que a gente usava era um serviço chamado ‘Pandora’. Esse serviço vivia me sugerindo músicas do Melodia.
Principalmente a canção ‘Ébano’, que me encantei assim que ouvi pelo timbre da voz e a letra da música, subversivo, mas ao mesmo tempo melódico”, conta a estilosa cantora, que tem dado o que falar também como backing vocal de Baco Exu do Blues, com quem constantemente faz turnês mundo afora.
Fotos Marco Rodrigues
