“Sonhe Como Uma Garota” apresenta pesquisa inédita, histórias inspiradoras e produções artísticas de mulheres e meninas; mostra gratuita na Biblioteca Parque Villa-Lobos fica em cartaz de 8 a 31 de março.
Como traduzir sonhos em imagens, palavras e ações que, de fato, encorajam mulheres e meninas a ocuparem seu lugar no mundo? A exposição Sonhe Como Uma Garota propõe essa reflexão. Ela oferece ao público um percurso narrativo e visual onde arte, poesia, humor e ciência se encontram. O objetivo é ressignificar o papel das mulheres na sociedade. A mostra inaugura em 8 de março, no Dia Internacional da Mulher, na Biblioteca Parque Villa-Lobos. A Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo promove o evento. A SP Leituras gerencia o evento como culminância de um projeto que realizou ateliês e rodas de leitura. Durante os últimos meses, o projeto também se dedicou a pesquisar os desejos femininos.
Camila Alves idealizou o projeto, e a Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet viabilizou sua execução. Além disso, a Siemens Energy patrocina o projeto por meio da Fundação Siemens. O objetivo principal é inspirar meninas e mulheres a acreditarem em suas trajetórias e a se fortalecerem. Dessa forma, Sonhe Como Uma Garota apresenta histórias reais de 13 mulheres que fazem diferença em várias áreas, incluindo ciência, educação, arte e ativismo social. Em um ambiente imersivo e sensorial, o público, por sua vez, poderá explorar essas trajetórias inspiradoras. A exposição, por sua vez, utiliza uma linguagem baseada na estética circense, o que torna a experiência ainda mais envolvente e acessível. Isso proporciona, assim, uma experiência encantadora e rica de significados.
Dados de pesquisa
Um dos destaques da exposição é, sem dúvida, a apresentação biográfica de mulheres extraordinárias, transformadas em ficção pelas escritoras Gabriela Romeu e Penélope Martins, e interpretadas por artistas da palhaçaria. Além disso, cada narrativa foi escrita de forma poética e lúdica, mesclando humor e profundidade, o que ajuda a engajar o público e trazer leveza a temas relevantes. Dentre as personalidades homenageadas, por exemplo, estão a arqueóloga paraense Edithe Pereira, a educadora paulistana Ketiene da Silva, a cientista baiana Jaqueline Goes de Jesus, a cordelista cearense Auritha Tabajara, a poeta carioca Roseana Murray e muitas outras mulheres que, ao longo do tempo, desafiaram barreiras e abriram caminhos para novas gerações.
Além da interpretação cênica das biografias, a exposição contará com uma série de instalações. O bordado fotográfico, por exemplo, será utilizado como forma de expressão e documentação, simbolizando a construção coletiva das memórias femininas. A estética circense, com suas cores vibrantes e atmosfera lúdica, ajudará a desmontar a ideia de que certas áreas do conhecimento ou do mercado de trabalho são inacessíveis para mulheres, incentivando a imaginação e a liberdade de escolha.
Dados de pesquisa
O projeto conta ainda com uma pesquisa intergeracional conduzida em parceria com a Think Olga, que analisa a evolução dos desejos femininos e o impacto da representatividade na construção da autoestima e das aspirações profissionais.
“Queremos criar um espaço onde meninas e jovens possam expressar seus sonhos e compreender que suas histórias têm um impacto poderoso. Por meio da arte e da interação, transformamos narrativas individuais em um movimento coletivo de inspiração”, afirma Camila Alves, da Vermelho Produções, idealizadora do projeto.



Créditos das Fotos: Babi Otero