Cerrado Galeria realiza exposição inédita com obras da artista Selma Parreira

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A partir de 22 de junho, público pode conferir série com cerca de 20 trabalhos da pintora que é destaque no cenário nacional

Uma mostra inédita da artista goiana Selma Parreira composta por pinturas, uma instalação e objetos em cerâmica será inaugurada na sede da Cerrado Galeria em Goiânia, no dia 22 de junho, penúltimo sábado do mês. Programado para ir das 10 às 14 horas, o evento de inauguração será aberto a todo o público, com entrada gratuita. A assinatura da curadoria é de Rodrigo de Almeida Cruz, que também é professor de História da Arte na Universidade de Brasília (UnB).
Intitulada “Mar de Incertezas”, a exposição terá cerca de 20 obras, que estarão dispostas nos três ambientes da galeria (térreo, mezanino e jardim) de maneira conceitual, ou seja, sem separação por linha cronológica ou temática. A mostra, que ficará em cartaz até o dia 19 de agosto, poderá ser conferida de segunda à sexta-feira, das 10 às 19 horas, e aos sábados, das 10 às 13 horas, também com entrada franca. A diretora da Cerrado Galeria em Goiânia, Júlia Mazzutti, pontua que os trabalhos expostos demonstram o vasto repertório de produção da artista.
“As obras no térreo e a instalação no jardim são inéditas, enquanto as peças no mezanino são de uma produção anterior, mas existe um diálogo eminente entre todas elas. Destaca-se um conjunto de obras feitas em cerâmica, que ficarão no térreo e chamam bastante atenção pela técnica e temática”, ressalta a diretora. Além disso, essa será a primeira vez que um artista ocupa a piscina da galeria com uma obra, o que também deve cativar o público, segundo Júlia Mazzutti.
A artista, que tem mais de 45 anos de carreira, explica o significado por trás das obras expostas, criadas a partir de 2020. “Por meio das peças, abordo reflexões e inquietações sobre uma metafórica viagem num mar amplo e nebuloso, sendo o meu próprio corpo a embarcação. Ao sentir-me desamparada e incapaz frente às tormentas dessa travessia, posso me apegar a uma pessoa ou objeto, com a crença de que isso poderia me salvar, mas a mera sobrevivência já representa um triunfo”, detalha Selma Parreira.

Relevância nacional
A diretora da unidade da Cerrado Galeria em Goiânia descreve Selma Parreira como uma “artista extremamente relevante no contexto de artes visuais no Brasil, com um extenso e reconhecido trabalho em ensino e prática da pintura”. Júlia Mazzutti destaca características da produção da artista que reforçam a sua forte relevância para o programa da galeria. “O uso equilibrado e coeso das cores, as proporções de forma e as referências a elementos da cultura visual regional, com foco em Anápolis, Goiânia e Goiás Velho, chamam a atenção”, salienta.
Natural de Buriti Alegre (GO), Selma Parreira reside em Goiânia e trabalha com pintura, fotografia, instalações e intervenções urbanas. Ela cursou Desenho e Plástica na Universidade Federal de Goiás (UFG), em 1979, e se especializou em Gravura, no México, em 1980. Também é mestra em Cultura Visual e Arte pela UFG e professora da Faculdade de Artes Visuais da UFG desde 1993, já tendo lecionado para Estêvão Parreiras e Manuela Costa Silva, que são outros artistas representados pela Cerrado Galeria.
Selma Parreira já realizou mostras individuais e coletivas em estados como Rio de Janeiro, Ceará, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Pará e Bahia, além da Argentina. Ela recebeu várias premiações, entre elas o Prêmio Jaburu de 2011, como destaque de Artes Visuais, pelo Conselho Estadual de Cultura do Estado de Goiás, e o prêmio de Projeto Arte e Patrimônio, pelo Ministério da Cultura, em 2009. Além disso, possui dois prêmios de pintura, sendo um da Bienal de Goiás, em 1993, e o outro do III Salão Brasileiro de Arte Brasil-Japão, em 1983.

Sobre a Cerrado Galeria
Fundada pelos empresários Lucio Albuquerque, Antônio Almeida e Carlos Dale em 2023, a Cerrado Galeria tem como intuito refletir o mundo a partir do Centro-Oeste do Brasil. Sua criação une mais de 30 anos de experiência e tem o objetivo de impulsionar a expansão da arte no território brasileiro, promovendo o cenário artístico regional. Assim como homenageia em seu nome o bioma da região onde está, a galeria destaca questões que envolvem ecologia, processos históricos e sociedade, evidenciando diversas manifestações culturais.
Para isso, a galeria promove mostras individuais e coletivas, conversas públicas, ações educativas e outras atividades voltadas ao desenvolvimento da produção e do mercado de arte na região, assim como sua circulação e presença no Brasil e no mundo. Em Goiânia, a Cerrado Galeria ocupa a casa modernista projetada por David Libeskind na Rua 84, no Setor Sul, conservando azulejos originais que são um marco da arquitetura goiana. Já em Brasília, há uma unidade no Lago Sul, mesma região que receberá, em breve, um novo espaço da Cerrado Galeria.

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