Projeção consta em estudo inédito divulgado pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), instituição criada para aperfeiçoar as relações comerciais entre os países. Maiores oportunidades são para os segmentos de carnes, ferro fundido e aço
O estado de Goiás possui potencial para aumentar em cerca de 50% as exportações para a China em um intervalo de 10 anos. A projeção é do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), que divulgou nesta semana o levantamento “Exportações dos Estados Brasileiros para a China: Cenário Atual e Perspectivas para Diversificação”. Conforme o documento, as vendas para os chineses podem chegar a US$ 4,3 bilhões em 2030, o que significa 53,4% a mais que a média do período 2017-2020, que esteve entre US$ 2,12 bilhões e US$ 3,5 bilhões.
As informações foram apresentadas pela CEBC ao superintendente de Comércio Exterior da SIC, Plínio Viana, que representou o governador Ronaldo Caiado em reunião virtual. O gestor explica que a expectativa de crescimento está ligada à conquista, manutenção e recuperação de mercados, com diagnóstico de 22 oportunidades de produtos. O destaque é para soja, ferroníquel, carnes bovinas, minérios de cobre, ferronióbio, carnes de frango, couros, algodão, açucares de cana, milho, glicerol, carne suína e vermiculita.
“Na evolução das exportações dos estados brasileiras para a China, Goiás está entre os 13 estados da federação que concentraram 98% dos produtos enviados àquele país, em 2021. A nossa relação com a China é excelente e só tende a crescer”, afirma o secretário de Indústria, Comércio e Serviços de Goiás (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho. Segundo a pasta, a China é o principal parceiro comercial do estado, respondendo por 46,28% das vendas para o exterior. Rio Verde, Jataí, Luziânia, Barro Alto e Palmeiras de Goiás são os principais municípios exportadores.
CEBC
O Conselho Empresarial Brasil-China é uma instituição bilateral sem fins lucrativos, criada em 2004, por duas seções independentes, uma no Brasil e outra na China, e dedicada à promoção do diálogo entre empresas dos dois países. Concentra sua atuação em temas estruturais de relacionamento sino-brasileiro, com a finalidade de aperfeiçoar o ambiente de comércio e de investimento entre os países.