Operação Atria segue até 28 de março com diligências no combate ao feminicídio e crimes relacionados. Governador comenta ações de Estado em entrevista à RecordTV Goiás
O governador Ronaldo Caiado destacou, nesta quarta-feira (22/03), o empenho das forças de segurança de Goiás no combate aos crimes contra a mulher. A atuação se intensificou desde o lançamento da Operação Atria, em fevereiro. A força-tarefa cumpre mandados de prisão, reforça a fiscalização de medidas protetivas, atua na conclusão de inquéritos policiais, entre outras ações que têm como alvos os agressores. As diligências seguem até 28 de março.
Caiado afirmou, em entrevista à RecordTV Goiás, que as políticas públicas desenvolvidas na área “alavancam a condição de combater o feminicídio, e as mulheres têm mais coragem de denunciar [episódios de violência]”. A Operação Atria atendeu mais de 1,8 mil vítimas em Goiás, entre 27 de fevereiro e 14 de março, e realizou 8.580 ações diversas, como diligências policiais, apuração de denúncias e palestras educativas. A força-tarefa foi lançada pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO), em conjunto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O governador lembrou que o combate ao feminicídio é uma bandeira que ele carrega desde que atuava no Legislativo. Já enquanto governador, tem garantido o reforço da Patrulha Maria da Penha pelo estado e, no início deste mês, encaminhou à Alego o projeto de lei que cria a Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher. “A mulher, neste momento, se sente respeitada. Ela sabe onde recorrer, ela tem proteção”, declarou.
Visitas íntimas em presídios
Ainda durante a entrevista, o governador respondeu sobre a situação das visitas íntimas no sistema penitenciário goiano. “O Tribunal de Justiça reconheceu que a prerrogativa de fiscalizar e fazer a gestão das penitenciárias é do governo. Como tal, vai continuar como estava. Ou seja, bandido perigoso, da área das facções, não tem direito à visita íntima”, pontuou.
O governador classificou as visitas íntimas como uma “regalia”, e argumentou que o sistema prisional goiano tem feito sua parte quando o assunto é direitos humanos. “A dignidade que deve ser dada ao cidadão que está preso, Goiás já está fazendo. Você vai nas penitenciárias e vê como estamos reformando o banho de sol, alimentação, dormitórios. Agora, não vou construir quarto de motel em presídio”, concluiu.
Fotos: Hegon Corrêa