Museu Zoroastro Artiaga usa tecnologia de ponta para proteger acervo

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Processo moderno de desinfestação de pragas preserva as peças e não tem impacto no meio ambiente

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), investiu em tecnologia de ponta para garantir a preservação do acervo do Museu Zoroastro Artiaga (Muza) durante o período de restauração do museu. Desde a semana passada, as peças estão passando por um processo de desinfecção que consiste na redução significativa de oxigênio do ambiente e sua substituição por nitrogênio, com o intuito de exterminar pragas.

“O acervo do museu, principalmente o da arte indígena, é muito sensível, e trouxemos o que há de mais moderno no mundo para preservá-lo de maneira segura e sustentável”, explica Yara Nunes, secretária da Cultura. Os itens foram transferidos para o Centro Cultural Oscar Niemeyer, onde o processo está sendo realizado. Eles foram colocados em caixas para a criação de uma espécie de bolha, que facilita a troca dos gases.

“A diferença entre dentro e fora da bolha é apenas a falta de oxigênio lá dentro. O oxigênio é jogado no ambiente, e o nitrogênio é insuflado na bolha, e depois a gente libera o nitrogênio de novo para o ar. Então, nós não mexemos em nada, e o impacto ambiental é absolutamente zero”, destaca o responsável pela desinfecção do acervo do Muza, Stephan Schäfer, especialista em conservação e restauro.

Uma vez que a tecnologia não utiliza substâncias que causem efeitos colaterais nocivos, não há risco de oxidação dos materiais, corrosão em metais e mudanças físico-químicas de certos pigmentos, o que garante a preservação integral das peças tratadas. Sensores monitoram as condições programadas durante todo o tratamento das peças, que deve durar em torno de 45 dias.

A ação é destinada ao acervo orgânico do Muza, que inclui peças arqueológicas, de etnologia indígena, como arcos e flechas, além de livros, arte sacra e arte popular. Já o acervo mineralógico, meteoritos e outros tipos de materiais inorgânicos vão passar apenas pelo processo de higienização.

Restauração
O edifício do Museu Goiano Zoroastro Artiaga entrou em obras para sua restauração completa em novembro do ano passado com o investimento de R$ 6,6 milhões do governo estadual. Os trabalhos têm como objetivo recuperar as características originais do prédio, valorizar o conjunto arquitetônico e implementar melhorias de acessibilidade e segurança estrutural. O espaço também será requalificado com uma nova proposta museográfica.

Fotos: Secult | Alessandra Sousa Ferreira

Itens de arte indígena fazem parte do acervo que passará por desinfestação especial
Objetos foram armazenados em caixas para criar “bolhas” e facilitar a troca de oxigênio por nitrogênio, evitando a proliferação de pragas

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