Costumes como poucas horas de sono, negligência da saúde mental e má alimentação são nocivos para o órgão
O nosso cérebro é um dos órgãos mais importantes, pois controla todo o nosso corpo e funções dos demais órgãos, além de ser o responsável pela nossa capacidade de raciocínio. Acontece que alguns hábitos que adotamos podem prejudicá-lo e, consequentemente, prejudicar todo o resto.
A boa notícia é que este órgão tão complexo se regenera a cada dia e, se corrigirmos esses hábitos inadequados a tempo, podemos evitar o desenvolvimento de doenças degenerativas, falhas de memória, hipertensão, AVC e cansaço mental, entre outros.
O principal hábito e também um dos mais fáceis de ser mudado é o de dormir mal. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Persono em parceria com o SESI, 61,7% dos brasileiros acreditam que dormem bem, mas outros dados apontados no estudo indicam que o tempo e a qualidade do sono são insuficientes. Além disso, enquanto 53,8% das pessoas dormem entre 6h e 8h por noite, 37,8% fazem parte do grupo que dorme apenas de 4h a 6h, quantidade não recomendada pela Sleep Foundation, que aconselha entre 7h e 9h para população adulta entre 18 e 64 anos.
Dormir pouco prejudica o funcionamento do cérebro, a fixação das memórias e a reorganização dos neurônios. Como consequência, a pessoa fica mais letárgica e não consegue realizar as atividades diárias com a mesma eficiência. “A longo prazo, o sono insuficiente ou de má qualidade traz outros malefícios para a saúde como hipertensão, AVC, infarto e até mal de Alzheimer, além de maior risco de diabete, baixa imunidade e prejuízo na consolidação de memórias”, explica o Diretor do Persono, Josué Alencar.
Além disso, a falta de cuidado com a saúde mental também pode comprometer a saúde física do órgão. “A promoção da saúde mental resulta em melhores condições para manutenção do bem-estar físico e psíquico, pois assim o organismo fica em harmonia”, comenta Abel Antonio, psicólogo cadastrado no GetNinjas, maior aplicativo para a contratação de serviços do Brasil. Segundo o profissional, o cuidado com a saúde mental ganha ainda mais importância com a pandemia. “Durante os últimos dois anos, ficamos sujeitos a pensamentos de inquietação, medo, frustração, destruição e morte. Pensamentos tendem a se ligarem a outros do mesmo tipo e com a repetição de pensamentos negativos, criam padrões prejudiciais à saúde e podem levar a estados mentais doentios, gerando condições para o adoecimento físico”, pontua.
Alguns alimentos, apesar de serem deliciosos e parecerem inofensivos, pelo menos para o nosso cérebro, também podem prejudicar, “uma dieta rica em açúcares, consumo excessivo de álcool, gorduras saturadas, alimentos industrializados pode agravar o declínio cognitivo”, afirma a head de nutrição da Vitamine-se, Thais Bonelly.
Todos esses fatores podem gerar o aumento de radicais livres, prejudicando o bom funcionamento cerebral, pois afetam as células de todo o organismo, incluindo os neurônios. O excesso de radicais livres aumenta o estresse oxidativo, que está associado a diversas doenças.
Alimentos ricos em gorduras boas e nutrientes antioxidantes, podem ser benéficos para saúde mental, “podemos destacar o ômega 3 presente nos peixes, os flavonoides presentes no cacau e chocolates 70%, as vitaminas C, E e o selênio encontrado em castanha-do-pará, sardinha e feijão-preto ajudam na saúde mental”, destaca Thais.
Para deixa o cérebro mais saudável é possível repor os nutrientes além da alimentação com a suplementação. A reposição apenas por alimentos acaba muitas vezes, insuficiente para o organismo, “a suplementação de ômega 3, fosfatidilserina e cúrcuma podem ser aliada para a memória”, finalizada Thais. A posologia e dosagem devem ser recomendadas por um médico ou nutricionista.