A Aclara Resources, empresa que trabalha com extração de mineral sustentável usado em projetos de energia renovável, tem processo diferente de qualquer outra empresa de mineração
Numa área que abrange cerca de 1,4 mil hectares, a Aclara inicia as atividades em Goiás destacando-se por sua abordagem inovadora e sustentável na extração e processamento de terras raras, elementos essenciais para a fabricação de diversos produtos de alta tecnologia renovável. Terras raras são um conjunto de minerais essenciais para a produção de aparelhos eletrônicos e outras tecnologias cada vez mais utilizadas no dia a dia, como veículos elétricos, turbinas eólicas, drones, smartphones e dispositivos médicos. Tudo pensando na geração de energia limpa.
Os minerais terras raras são considerados todos aqueles que possuem utilidade como matéria-prima para a indústria produzir uma série de materiais distintos, sendo compostos por 17 diferentes elementos químicos que fazem parte da família dos lantanídeos, adicionando também o ítrio e o escândio. O depósito contém uma quantidade significativa de disprósio (Dy), térbio (Tb), neodímio (Nd) e praseodímio (Pr).
Para o CEO da Aclara Resources, Ramón Barúa, a empresa está focada na extração da maneira mais sustentável possível. “A recuperação de terras raras é totalmente compatível com a tecnologia de processamento patenteada e demonstrada com sucesso em escala piloto pela Aclara, projetada para minimizar o custo e fortalecer a pegada ambiental”. Barúa explica que o depósito superficial significa que não serão necessárias escavações profundas. “Nosso grande desejo é poder contribuir com o desenvolvimento dessa região tão acolhedora, impulsionando a economia local, gerando empregos e promovendo práticas sustentáveis em conjunto com a comunidade”, pontua o CEO que completa: “A Aclara está trabalhando na exploração de um projeto com muito potencial em Goiás”. O recurso mineral inferido inicial para o Projeto é estimado em 168 Mt com um grau de 1.510 ppm de óxido de terras raras total (“TREO”) e 477 ppm de óxido de terras raras dessorvível (“DREO”). O valor médio do retorno líquido da fundição (“NSR”) do recurso é de US$ 32,3/t ao usar um valor de corte de US$ 7,4/t.
Segundo Ramón Barúa, a campanha inicial de exploração (que aconteceu entre fevereiro e agosto de 2023) resultou em 238 furos como parte de um trabalho de reconhecimento que cobriu os 1.400 hectares dentro do Módulo Carina. “Isso contribuirá para definirmos uma estimativa inaugural de recursos com a dimensão necessária para suportar um novo módulo de produção, além de fornecer a orientação para futuras campanhas de perfuração de circulação reversa, para avaliar completamente o potencial do ativo tanto lateralmente, como em profundidade”.
A Aclara Resources é uma empresa de terras raras com um projeto de desenvolvimento no Chile e um projeto de exploração em Goiás. A empresa desenvolveu um processo de extração chamado Circular Mineral Harvesting, que nenhuma outra empresa de mineração pode alegar ter: ele não usa explosivos, não tritura, não moe e não produz nenhum resíduo líquido. Não é necessária nenhuma barragem de rejeitos no processo. Além disso, esse trabalho patenteado recircula cerca de 95% dela, bem como 99% de seu principal reagente, um fertilizante comum. Não ficará nenhum buraco no solo, pois as argilas extraídas serão devolvidas de volta aos poços, e 100% da terra impactada será toda replantada. Além disso, o produto não contém nenhum elemento radioativo.
O objetivo da Aclara é produzir terras raras, elementos essenciais para a luta contra as mudanças climáticas de forma sustentável, rastreável e ecológica. Usando uma maneira radicalmente diferente de extrair terras raras, haverá uma revolução em um setor famoso por seu impacto negativo sobre o planeta, garantindo, assim, o fornecimento de minerais escassos que tornarão possível a luta contra as mudanças climáticas.
Esse projeto é possível graças a inúmeras inovações desenvolvidas pelos esforços conjuntos da empresa e do meio acadêmico, incluindo colaborações notáveis com a Universidade de Toronto (Canadá) e o meio acadêmico no Chile.