Intervenção urbana convida a população a refletir e mudar atitudes que afetam a distribuição de energia e prejudicam a população. Ação pode ser conferida em parques da capital, com interatividade, de 18 a 28 de julho
A intervenção urbana Transformadores do Amanhã tem a assinatura da artista visual Bruna Brom, que usou transformadores verdadeiros para criar as obras espalhadas pela capital. São quatro transformadores que, por meio de linguagem artística e objetos conectados ao imaginário popular, irão contar histórias conectadas a problemas comuns na distribuição de energia das cidades – muitas vezes causados por usuários do sistema – e que podem comprometer a qualidade da transmissão e a segurança da população.
As obras de arte estarão em pontos estratégicos de Goiânia: os parques Vaca Brava (St. Bueno), Bosque dos Buritis (St. Oeste), Jardim Botânico (St. Pedro Ludovico) e Campininha das Flores (St. Campinas).
A artista defende que os moradores de Goiânia são agentes fundamentais na transformação da consciência. “A intervenção artística em cada transformador tem o papel de criar uma conexão com o indivíduo que possibilite ele, então, reconfigurar a sua rel(ação) pessoal com o ambiente que o cerca. A arte tem esse poder”.
Como complemento da ação, cada equipamento terá um QR code que poderá ser acessado por qualquer smartphone, levando a um filme de orientação com dicas de ações responsáveis e simples que podem contribuir para melhorar todo o sistema de distribuição de energia da capital.
Os quatro temas das instalações dizem respeito aos riscos causados por pipas nas redes elétricas; os cuidados e a necessidade da poda de árvores correta e responsável; os perigos e os prejuízos do furto de energia, o famoso gato; e o roubo de transformadores e fios de cobre para venda no mercado clandestino, crime comum principalmente no interior do estado.
A campanha é uma iniciativa da ELCOP Engenharia, empresa parceira da Equatorial e responsável pela instalação e manutenção do sistema de distribuição de energia em grande parte de Goiânia. Levando em consideração as práticas ESG (ambiental, social e governança), que são o caminho das grandes empresas, a ELCOP Engenharia quer levar ao público goianiense uma demonstração de tudo aquilo que é desenvolvido para a melhoria da prestação do serviço, fazendo também o alerta para práticas nocivas que podem afetar a distribuição de energia, causando, inclusive, acidentes ambientais e danos físicos.
Tudo isso tem um objetivo, ainda maior, de envolver a sociedade e criar uma consciência coletiva para a importância das boas práticas no dia-dia. “A ação de cada um, seja da empresa ou do cidadão, é importante para alcançarmos a sustentabilidade ambiental e promover uma sociedade mais eficiente e segura”, defende Rodrigo César Araújo, diretor técnico da ELCOP. “São essas mudanças de comportamento, aliadas às boas práticas, que devem ser levadas em consideração para alcançar os resultados necessários que garantam um futuro sustentável e um mundo melhor para as futuras gerações”, completa.
A idealizadora da campanha é a LikeU Comunicação, agência responsável por toda a estratégia do Política no Plural (PnP), um programa de entrevistas e reportagens, em formatos podcast e videocast, que tem a missão de ampliar o debate sobre políticas públicas, ao expor os desafios da vida em sociedade, formando novos agentes de transformação social. Inspirada pelas histórias de cada episódio, a audiência passa a
ter repertório para propor transformações na comunidade em que vive. A intervenção urbana tem apoio institucional da Agência Municipal do Meio Ambiente de Goiânia (Amma), Equatorial Energia Goiás, Polícia Civil e Guarda Civil Metropolitana.
Temas e mensagens nas instalações
- Transformador pipa – Eu sempre amei ver uma pipa colorida voando no céu! Mas um dia uma delas encostou em mim e eu aprendi uma lição! Quer aprender também? Então aponte seu celular para o QR code!
è De acordo com informações da Agência da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia, de 1º de janeiro de 2018 a 29 de maio de 2023, foram 805 ocorrências relacionadas ao uso de cerol e outras linhas cortantes perto da rede elétrica. (Dados: GCM Goiânia)
- Transformador poda – Eu vivo na mesma altura das árvores e, se elas são maltratadas, eu também sofro! Quer ser um defensor da natureza?
Aponte o celular para o QR code e multiplique a nossa paisagem.
è Pesquisa revela que Goiânia é a cidade mais arborizada do Brasil e uma das mais arborizadas do mundo. Mas muita gente não dá valor nesse reconhecimento. De janeiro a junho deste ano, a Agência Municipal do Meio Ambiente recebeu 1.192 pedidos de retirada de árvores. Isso sem falar nas árvores que são arrancadas ilegalmente e nas que são podadas irregularmente, podendo causar prejuízos à rede elétrica. (Dados: AMMA)
- Transformador gato – Admito que eu até gosto de ser chamado assim, mas de bonita minha história não tem nada. É clandestina, ilegal e perigosa! Você aí,
quer ajudar a mudar essa realidade? Aponte seu celular para o QR code e descubra como.
à Os municípios goianos de Luziânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Caldas Novas são os campeões em registros de furtos de energia identificados pela Equatorial Goiás. Somente nos três primeiros meses deste ano, a companhia inspecionou 70 mil unidades consumidoras, entre residências, comércios e indústrias, com suspeitas de fraudes em todo o estado. Destas, cerca de 26 mil apresentaram alguma irregularidade e foram regularizadas após inspeção da companhia. Em Goiás, a distribuidora estima que essas irregularidades. (Dados: Equatorial Energia Goiás)
- Transformador vítima – Ninguém costuma lembrar do meu valor, mas quando vem um apagão todo mundo fala mal de mim. Mas ó, eu também sou vítima! Me ajuda a sair desta enrascada? Aponte seu celular para o QR code e saiba como!
è Segundo dados da Polícia Civil, em 2022 foram registrados 30 furtos de transformadores no nordeste goiano. Se existe o crime de furto é porque existe um mercado ativo que faz a receptação desse material. Isso e problema de todos, já que a queda de energia pode afetar serviços essenciais, como os de hospitais, por exemplo, além de prejuízos milionários para a distribuidora, que podem ser repassados à tarifa de luz de toda a comunidade. (Dados: Polícia Civil Goiás).
